A política em Feira de Santana ganha novos capítulos inesperados a cada dia, onde a população fica sem entender os acontecimentos da política feirense. Quando se espera que algo já esteja quase certo para um lado, é aí que vêm as surpresas no cenário político.
Nas eleições de 2022 para deputado federal, o cantor gospel e empresário Sandro Nazireu se candidatou a deputado federal representando a Bahia e Feira de Santana pelo Partido Progressista (PP-11), onde se declarou "Bolsonarista" e defensor da família, mas não teve sucesso nas urnas. No estado, Sandro obteve um total de 10.020 votos; já em Feira de Santana, ele teve apenas 4.116 votos. Como pode um candidato que disputou as eleições para deputado ter apenas 4.116 votos, considerando que o colegiado passa dos 600 mil habitantes? Um candidato deste porte pode somar significativamente para uma eleição a prefeito em que sentido? No cenário político municipal, isso não representa forças para ser um nome ideal a compor uma chapa a vice-prefeito em uma cidade onde a política é muito disputada, com nomes de peso na disputa pela cadeira da prefeitura.
O que pretende o Partido dos Trabalhadores (PT) com essa escolha de Sandro Nazireu, que nada representa a política feirense? O partido, com suas coligações, tinha um nome de peso, com uma vasta bagagem na política: o presidente do Partido Socialista Brasileiro (PSB), o ex-vereador Roberto Tourinho, que tem muita experiência na política.
Ele, que já esteve representando o povo feirense por sete mandatos, já disputou a cadeira da prefeitura como candidato a prefeito de Feira e teve como vice na sua chapa o deputado estadual licenciado Ângelo Almeida, que hoje é secretário de Desenvolvimento Econômico. "Beto" já foi procurador do município e hoje é o presidente do PSB em Feira.
O candidato a prefeito Zé Neto (PT), com esta escolha, mostra que não tem interesse algum na vitória para prefeito de Feira e, com isso, só reforça as chances para a vitória de José Ronaldo (UB) no primeiro turno. Geralmente, o nome para compor uma chapa como vice é de um representante que tem uma força expressiva na política e que pode somar crescimento para o candidato a prefeito. Porém, no caso do candidato a prefeito Zé Neto (PT), não é isso que aconteceu. O porquê dessa escolha? Será que foi pensado no voto dos evangélicos de Feira, que representam quase 32% dos colegiados hoje? Na prática, isso não acontece; é inviável que ele possa aumentar seu eleitorado com essa escolha na sua chapa.
Por: Ronda Geral Bahia.