Na manhã de hoje, terça-feira (5), a soldado da Polícia Militar da Bahia, Lorena, em entrevista ao repórter João Paulo do Ronda Geral Bahia, falou da sua entrada na PM e também um pouco da sua vida como mãe, policial e conciliadora quando precisa ser.
Há 9 anos na Polícia Militar, Lorena tem desempenhado um papel importante na instituição. Perguntada sobre sua forma de atuar na polícia, ela disse que se sente orgulhosa e se dedica ao máximo para exercer seu papel como servidora pública da Bahia.
"Quando eu decidi entrar na Polícia Militar, foi uma escolha pensada e com tudo já definido para ingressar na corporação. Eu precisava me lançar no concurso, até porque já estaria no meu último ano para participar do concurso e tentar a aprovação para ingressar na polícia e dar uma virada na minha vida. A polícia foi o caminho que eu encontrei para essa virada", frizou Lorena.
Lorena também falou do seu lado como mãe.
Ser mãe e ser policial são duas coisas diferentes, mas é gratificante. "O lado bom de ser mãe é que, todos os dias, ao sair para trabalhar, eu sei que tenho eles à minha espera para cuidar deles com todo carinho. É saber que eles esperam pelo meu carinho e pela minha proteção; isso não tem preço." E sobre ser policial, é uma alegria que eu tenho de servir à sociedade com muito amor e dedicação. A gente sai de casa para cuidar de pessoas que nem conhecemos, mas que sabemos que precisam da nossa proteção de uma forma ou de outra; isso é servir à sociedade com cuidado carinho e amor.
Quando chego aqui na Base Comunitária da Rua Nova para os meus plantões, eu chego contente, sabendo que terei mais um dia de muita luta pela frente até o final do plantão. Quando saímos nas ruas em rondas, saímos focadas (o) na defesa da sociedade e no cuidado de nos defender também, quando for preciso. A polícia é uma certeza que a população tem de estar segura, por isso focamos ao máximo em servir e servir com amor.
Proerd
Realizamos várias ações aqui na Rua Nova. Temos ações nas escolas, onde as crianças se alegram quando chegamos. As crianças têm a pureza na alma e são verdadeiras sempre. Quando chegamos na viatura, eles vêm ao nosso encontro e é aquela festa. Isso não tem preço; ficamos muito felizes e renovados com isso.
Já os jovens e adolescentes são diferentes. Alguns deles ficam afastados com a nossa chegada, mas aí vamos nos aproximando e conversando com um e outro. De repente, conseguimos agregar todos no mesmo assunto, na mesma roda de conversa, e todas as dúvidas e inseguranças que eles tinham da polícia militar são quebradas na hora. No final, eles se alegram com nossa presença e começam a ver a polícia militar de outra forma, como alguém que leva uma mensagem positiva para eles.
Acolhimento e conforto
No final do mês de outubro, uma situação em uma ocorrência policial no centro de Feira de Santana chamou a atenção não só da população feirense, mas de todo o país.
Uma mãe, ao chegar e ver seu filho caído ao solo, vítima de arma de fogo, se desesperou. Como qualquer mãe que ama seu filho, ela ficou ali desamparada e desolada, aos prantos. Foi aí que surgiu a atitude de uma mulher fardada, mãe, defensora da sociedade e acolhedora: SD PM Lorena.
"Naquele momento em que chegamos ao local, havia uma pessoa caída ao solo e, logo em seguida, chegou aquela mãe desesperada, tentando reanimar seu filho já sem vida. Eu, ali de perto, vendo aquilo, logo em seguida ela virou-se e eu não tive outra reação a não ser aquela: acolher ela e tentar acalmá-la com carinho, abraço e palavras de conforto, mesmo sabendo que para ela tudo estava sendo difícil. Mas eu tinha que fazer aquilo; eu sou mãe e me senti no lugar dela naquela situação", disse. Lorena "Mais servir é isto: ter empatia com o seu próximo."
Por: Ronda Geral Bahia.