Confusão teria começado após o investigador bater no carro de uma mulher. Vítima foi baleada na perna e no abdômen e está internado no Hospital Municipal Tide Setubal.
Um policial civil de folga foi preso em flagrante após atirar pelo menos 13 vezes e dar coronhadas contra um homem durante discussão em um posto de gasolina.
O caso aconteceu na noite de sexta-feira (14) no bairro Vila Carolina, na Zona Leste de São Paulo, e foi registrado por uma câmera de segurança.
Segundo testemunhas, a confusão começou com um acidente de trânsito. Taissa de Moraes estava com o carro estacionado no posto, quando o investigador Aleksandro Felix Maximino bateu no veículo dela ao dar a ré.
A mulher e o policial — que tem mais de 15 anos de carreira — passaram a discutir e, em determinado momento, ele teria apertado o braço de Taissa. O marido dela, Jean dos Santos, viu a agressão e interveio, dando início a uma briga corporal.
"Ele, a todo momento, foi arrogante, falando que não ia pagar, que não bateu, que não tinha visto nada. Começamos a ter uma discussão, ele pegou no meu braço. O Jean veio e brigou com ele, entraram numa briga corporal, separaram a briga. Depois novamente voltaram a briga, quando generalizou e entrou todo mundo na briga", contou Taissa à TV Globo.
Logo em seguida, o investigador sacou a arma, enquanto Jean correu em direção à loja de conveniência do posto. Entretanto, o policial o seguiu, atirou pelo menos 13 vezes contra ele e ainda deu coronhadas na cabeça.
Jean foi atingido por dois tiros na perna e no abdômen, que "causou o rompimento de fígado da vítima", de acordo com o boletim de ocorrência. Ele está internado em estado grave no Hospital Municipal Tide Setubal, onde já passou por duas cirurgias.
Em depoimento, o policial disse que agiu em legítima defesa e que Jean teria tentado retirar a sua arma. Porém, nas imagens, é possível ver que o homem não reagiu em nenhum momento.
Após passar por audiência de custódia, a prisão em flagrante do investigador foi convertida em preventiva.
A Secretaria da Segurança Pública disse que analisa as imagens nas investigações que serão conduzidas pela Corregedoria da Polícia Civil.
Por: G1/SP.