Mais de 150 garimpos ilegais foram destruídos no Parque Nacional do Boqueirão da Onça, na cidade de Sento Sé, no norte da Bahia. A ação foi coordenada pelo Instituto Chico Mendes, pela Polícia Federal e pela Polícia Especializada da Caatinga na quarta-feira (19).
A investigação contou com monitoramento por imagens de satélite e drones para identificar as estruturas montadas pelos garimpeiros. Além de destruir os locais, os policiais inutilizaram máquinas e petrechos que auxiliavam a atividade ilegal.
A área do Parque Nacional foi embargada, o que passa a implicar em punições mais severas para quem voltar a exercer o garimpo ilegal.
Segundo o ICMBio, será mantida presença constante da equipe no local, que vai passar por uma recuperação ambiental.
A área passou a ser mais explorada em 2017, quando houve a descoberta de ametista em uma profundidade relativamente rasa. A novidade gerou um boom migratório, com a ida de garimpeiros de diversas partes do Brasil para Sento Sé.
De acordo com o ICMBio, as condições encontradas nos garimpos ilegais são insalubres. Os garimpeirosa nao utilizam EPIs, não há um contrato de trabalho formal com garantias trabalhistas e manipulação de explosivos - que é uma atividade ilegal.
Parque Nacional e preservação
A região do Parque Nacional do Boqueirão da Onça é considerada uma área prioritária para a conservação do bioma Caatinga. Junto com a Área de Proteção Ambiental do Boqueirão da Onça, ela representa a maior área de caatinga preservada do Brasil.
Diversas espécies ameaçadas e bandeiras para a conservação são encontradas na área: onça-parda e pintada, tatú-bola, tamanduá bandeira, arara-azul-de Lear, dentre outras.
A região comporta ainda milhares de sítios arqueológicos e paleontológicos, com pinturas rupestres, representando importante registro histórico-cultural para a humanidade.
Por: G1/ Feira e Região

