João de Nestor da Verdura.
Existe os decretos, os decretos realmente são decretos agressivos, no qual, às vezes, não há nem tanto um abuso. Mas, às vezes, até entendo um pouco o lado do secretário, que toda a casa tem que ter o dono. E, quando me refiro a isso, um dos grandes processos que está dentro desse decreto é essa questão de cobrar os clientes. Então, prejudica muito. E quando eu falo da água, energia e outros fatores que existem dentro do Centro de Abatecimento, a gente realmente precisa de uma reforma, realmente uma reforma muito boa para que esse dê espaço e condições realmente de um trabalho digno. E falo também da seguinte maneira, "a responsabilidade não é só do prefeito", mas a responsabilidade também é nossa comerciantes. Eu sei que existe aqui dentro do centro de abatecimento uma quantidade muito grande de trabalhadores, mas, ao mesmo tempo, eu sinto que poucos estão interessados em cumprir com seus deveres. Eu falo todo dia. É o seguinte, uma reforma tem que ter dentro do Centro de Abatecimento, mas a gente também tem que ser participativo, tem que ter uma comissão, sentar com o prefeito, o prefeito nos ouvir para que a gente realmente participe, realmente desse processo para melhorar o Centro de Abatecimento.
O Centro de abatecimento é um grande entreposto comercial no qual tem melhorado a vida de muita gente e muita gente também não tem melhorado de vida, mas vocês sabem que em todos os setores existe aquelas pessoas que destacam mais, se destacam menos, e tem outras que às vezes tem até a oportunidade de crescer, mas ela simplesmente quer ficar acomodada ali, é a mesma coisa que você sai para uma pescaria, "tem cara que espera o amigo ir para a pescaria e voltar com o peixe e já tem outro que faz questão de ir com o amigo participar da pescaria para que realmente o peixe venha nessa pescaria".
Sempre presente em todas as reuniões, sempre lutando e buscando pelo 100% de melhorias para o Centro de Abastecimento. Às vezes até tem pessoas que se perguntam por que essa luta é minha em prol da melhoria de 100% do Centro de Abastecimento, já que talvez hoje eu seja alguém muito importante dentro do Centro de Abastecimento. Mas eu vejo esse lado simplesmente pelo seguinte, eu cheguei aqui dentro do Centro de Abastecimento com 10 anos de idade, já cheguei a pegar carregos, já ajudei a descarregar carros que vinha para meu pai quando a gente precisava atender um cliente, eu subia em cima, já subi em cima também na hora de comprar, todo mundo sabe minha luta, para eu poder ter a quantidade que eu queria. Então eu tenho aqui dentro desse Centro de Abastecimento hoje 37 anos de história dentro desse comércio. Então eu acho que realmente o gestor do momento que vai passar e que virão outros, que realmente tenha um respeito e um reconhecimento por todos que trabalham aqui, como outros amigos meus que já tem 50 anos aqui dentro. Frizou! Muito obrigado pelo espaço dado à minha fala e estou sempre aqui.
AUGUSTO DA FARMÁCIA SANTA BÁRBARA
Todos que esteve aqui são empresários e comerciantes, todos tem um comércio. Tem um decreto que tá sendo montado pela Secretaria de Agricultura, que muita coisa a gente vê de uma maneira extremamente positiva. Mas outras coisas a gente precisa sentar e discutir com o secretário, com o prefeito, porque tem coisas. Que a gente acha que pode melhorar em relação àquilo que o secretário colocou em reunião.
O QUE VOCÊS ESTÁ DE ACORDO E O QUE NÃO ESTÁ DE ACORDO?
Na reunião que eu tive com o secretário eu disse pra ele o seguinte, "Nós passamos quatro anos e meio com a construção do Shopping Popular. Não entrava ninguém. Durante quatro anos e meio no Centro de Abastecimento. Logo em seguida, quando finalizou a construção do Shopping Popular, veio a pandemia. Mais dois anos e meio que as pessoas ficaram em casa reclusas, que foi até uma orientação do próprio governo para as pessoas ficarem em casa e mais dois anos e meio sem ninguém entrar. Aí o que é que acontece? No decreto se fala em aumento. Do pagamento do solo público, entre 10 a 40 reais, então a gente precisa discutir, a gente queimou gordura, toda a gordura que nós tínhamos nesse período foi queimada, a gente não é contra ao decreto, tem muita coisa boa no decreto, como eu disse pra ele pessoalmente em reunião, mas algumas coisas a gente precisa sentar e resolver, porque se cobrar 40 reais por metro quadrado, tenho certeza que muita gente lá não vai ter condição de pagar.
CLIENTES
Tradicionalmente o Centro de Abastecimento, "João Paulo", sempre foi frequentado pela população dos distritos, Jaguara, Pinicaria, Rio do Peixe, Mendonça. Pé de Serra de São José, Barra, Mantiba, Matinha, enfim, todos os distritos vinha comprar no Centro de Abastecimento. O que é que está acontecendo? Esses clientes simplesmente estão sumindo. Por que estão sumindo? Porque a gente ficou preso dentro do shopping, a verdade é essa. Os carros dos distritos já não param no entorno do Centro de Abastecimento.
Existe uma entrada do lado da Barroquinha, essa entrada foi fechada, inclusive é uma reivindicação nossa, que não é de hoje, para que se abra esse espaço, para que dê visibilidade para que os clientes que estacionam na Barroquinha possam entrar no Centro de Abastecimento e fazer feira. Então sim, a gente sempre diz que a gente precisa desses clientes de volta, a gente precisa sentar com o prefeito e tentar viabilizar que esses clientes dos distritos apareçam novamente no Centro de Abastecimento. Frizou Augusto.
João Zito
Meu amigo João Paulo, agradeço a oportunidade de você estar aqui conosco, por vim nesse evento. Essa reunião foi convocada para discutirmos o assunto do novo decreto que o prefeito baixou, que a partir de amanhã (01/11) começa a ser cobrado, algumas coisas que no Centro de Abastecimento. A exemplo de cobrar a entrada de pessoas que vão fazer compra no Centro de Abastecimeno que vem com seu carro e vai precisar estacionar.
Primeiro, não houve nenhuma estrutura, nenhuma adequação de estrutura para ser estacionamento segundo, não me lembro se havia uma licitação para esse estacionamento. Terceiro, se começar a cobrar. Dessas pessoas que vão entrar aqui e fazer compras, essas pessoas deixarão de vim fazer compras e vão matar os pequenos comerciantes, certo? E aí o que acontece com o Centro de Abastecimento? o prefeito tem que ter a visão, não é a visão de cobrar imposto, mas a visão social de faturamento dos comerciantes. Porque aqui, meu amigo, tem trabalho, tem pessoas trabalhando, centenas de pessoas, talvez milhares de pessoas, que vivem do Centro de Abastecimento. Então, essas pessoas tiram aqui o seu sustento, levam para suas casas, para não ficar dependendo do município, do Estado e da União, para lhe dar auxílio. Eles vivem do seu suor. Então, é obrigação do poder público ver isto e ver a maneira de como adequar, certo? Para se adequar e aí organizar as coisas e, sim, claro, fazer as cobranças que eles acham que deve ser feita e que se nós concordarmos, entendeu? Da água, da luz e do solo ocupado, mais de um parâmetro no real. E não cobrando a entrada das pessoas.
Ali botou uma cancela a partir de amanhã dia (01/11) se você quiser entrar dentro do Centro de Abastecimento para passar duas horas você vai pagar cinco reais.
COBRANÇA
A taxa acho que é cinco reais cada duas horas, nós já estamos reivindicando que o prefeito revoga esse decreto porque senão ele vai impedir o ir e vim das pessoas que querem fazer suas compras no Centro de Abastecimento e vai matar a ceasa é esse o intuito do prefeito? acredito que não, certo? eu ajudei o Colbert e eu sei que ele é uma pessoa séria ele não deve estar com esse intuito, primeiro eu acredito que ele deva ouvir os comerciantes, certo? se ele quiser, ele tem meu número, ele pode me ligar, certo? podemos marcar uma reunião com todos os comerciantes e ele ouça e veja o que aqui tem que ser feito, de fato, em prol do Centro e em prol dos comércio.
DIÁLOGO
Pretendo solicitar uma audiência com o prefeito, junto com os comerciantes, para que possa expor a situação e viabilizar a maneira de resolver esse problema, esse impasse, que fique bom para todo mundo. Eu sei que o prefeito quer tirar de cima de si o custo que é no Centro de Abastecimento. Eu sei que o secretário está ali para dar resultado, certo? Mas as pessoas têm que olhar o pequeno comerciante, o médio comerciante, certo? Porque se ele matar o pequeno, acaba toda a ceasa! frizou.
Matéria: João Paulo