Representante do bloco afro mais antigo do Brasil será escolhida no dia 13 de janeiro.
As 15 finalistas do concurso Deusa do Ébano do Ilê Aiyê foram selecionadas nesta terça-feira (26), em um evento na Senzala do Barro Preto, em Salvador. Uma das participantes será escolhida para representar o bloco-afro no carnaval de 2024.
Esta é a 43º edição do concurso, que tem como objetivo resgatar a autoestima da mulher negra baiana e brasileira.
As finalistas serão avaliadas de acordo com seus conhecimentos e posicionamentos sobre a cultura de matriz africana e sua estética, como os trançados dos cabelos, as estampas dos tecidos, a maquiagem e a arte de dançar.
A Noite da Beleza Negra, evento onde a Deusa do Ébano 2024 será escolhida, está prevista para 13 de janeiro, na Senzala do Barro Preto. Além dela, outras duas finalistas serão premiadas.
Confira os nomes das finalistas:
Sarah Moraes dos Santos
Rafaela Rosa Silva Oliveira Leite
Stephanie M. Lobo Brito
Barbara Cristina Sá Sacramento
Nadine Ferreira Borges
Larissa Valéria Sá Sacramento
Cecília Cadile da Silva Santos
Lorena Xavier Silva Santos
Daiane de Souza Conceição
Caroline Xavier de Almeida
Isis Renata do E. S. D. Nascimento
Thuany Vitória Pereira Santana
Cibele da Silva Santos
Tainã de Palmares
Stephane Ingrid S. Santos de Deus
Saiba mais sobre o Ilê Aiyê
Criado em 1974, o Ilê Aiyê é o bloco afro mais antigo do Brasil e se prepara para celebrar 50 anos em 2024 como referência em negritude no país. Confira curiosidades sobre o "mais belo dos belos":
O Ilê foi criado em 1º de novembro de 1974, quando Antônio Carlos Vovô, Apolônio de Jesus (1952-1992) e outros moradores do entorno da ladeira do Curuzu decidiram montar um bloco de carnaval formado apenas por negros. Até hoje, apenas pessoas negras podem desfilar no Ilê.
Desde sua fundação, o bloco se tornou referência na luta contra o racismo, fazendo uma representação positiva do negro e enaltecendo as raízes africanas da cultura nacional.
Com música, dança, ilustração e vestuário, o Ilê ainda desenvolve projetos de extensão pedagógica.
Os fundadores do Ilê foram inspirados pelas lutas por direitos civis nos Estados Unidos, pelas guerras de libertação contra o colonialismo na África e pelos movimentos estadunidense Black Power e Panteras Negras.
Ao saber da iniciativa do filho Vovô e seus amigos, a ialorixá Mãe Hilda, do terreiro Ilê Axé Jitolu, aprovou a iniciativa, mas pediu que invés de “Povo Negro”, o bloco se chamasse Ilê Aiyê, que em língua iorubá significa “casa” (ilê) e “terra” (aiyê).
O Ilê tem como objetivo do Ilê Aiyê ‘africanizar’ o carnaval de Salvador e transcende a festa. É tempo de exibir tranças, cabelos black e rastafári, batas africanas e búzios.
Fonte: G1/ Bahia


