O autismo no Brasil e até mesmo em outros países é uma realidade onde as pessoas precisam entender que isso não é uma doença, mas sim uma condição com a qual a criança já nasce. Portanto, precisamos quebrar esse tabu e encarar de frente essa realidade, que só aumenta a cada dia. Os números de autistas em Feira de Santana, no ano de 2024, eram pouco mais de 3 mil; hoje, em 2025, esse número saltou para mais de 4 mil pessoas autistas em Feira de Santana, sejam elas crianças, jovens, adolescentes e até mesmo adultos. Com tudo isso, é preciso atentar-se para uma realidade que só aumenta a cada dia e encarar de frente.
A população, muitas vezes, não sabe os seus direitos e, por isso, acaba sendo humilhada e até mesmo desrespeitada em vários lugares perante a sociedade, em escolas, sejam elas municipais, estaduais ou até mesmo faculdades federais. Hoje pela manhã, usei a tribuna da Casa da Cidadania para despertar mães e pais de autistas em Feira de Santana. Eles têm que se informar sobre seus direitos perante a sociedade e até mesmo em instituições. disse a Dra° Fernanda Botto
"Eu sou mãe de autista e sei de perto o sofrimento de cada mãe e pai de um autista. Com isso, não posso me calar e nem posso ficar de braços cruzados para ser por essas mães e pais que têm seu filho com espectros autistas", frisou a Dra° Fernanda Botto, advogada especialista em TEA.
Feira de Santana já foi palco de situações em escolas e até mesmo no shopping, em uma loja onde a mãe se sentiu constrangida pelo fato de uma atendente de caixa se expressar de forma que a mãe da criança não gostou e rugiu em defesa do seu filho: "creio eu que qualquer mãe que ama seu filho daria sim a sua vida por ele". Teve um caso recente em que um casal foi proibido de adentrar na escola onde seu filho autista estuda. Essa escola é a Diva Portela, no Jardim Cruzeiro. Com essa divulgação em redes sociais, provocou-se uma audiência com o secretário de Educação de Feira de Santana, o vice-prefeito Pablo Roberto, que garantiu a essa mãe e a outras mães que fará uma chamada emergencial de 500 cuidadoras para estarem na sala de aula juntamente com a professora.
A pergunta que fica para o secretário e vice-prefeito Pablo Roberto é: essas cuidadoras têm conhecimento sobre autistas (TEA)? Elas vão passar por um treinamento para lidar com essas crianças em sala de aula? Não é simplesmente contratar de emergência cuidadoras e colocar na sala de aula com a professora e pronto; a professora ensina os alunos normais e essas cuidadoras vão dar atenção aos alunos autistas na sala de aula sem o mínimo de conhecimento sobre autismo. Fica a pergunta para o secretário e o vice-prefeito, Pablo Roberto.
Por: Ronda Geral Bahia.