Operação Tio Patinhas: suspeitos de aplicar golpes com venda de joias pela internet são presos em Feira de Santana.

Casal apontado como líder do grupo criminoso foi detido nesta segunda-feira (21), em apartamento de luxo onde o esquema funcionava, em Feira de Santana. Além deles, outras três pessoas foram presas.

Uma organização criminosa que aplicava golpes pela internet em todo o Brasil foi desarticulada durante a operação "Tio Patinhas", deflagrada pela Polícia Civil (PC), na tarde desta segunda-feira (21), em Feira de Santana, segunda maior cidade da Bahia.

Durante a ação, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão e cinco pessoas foram presas, incluindo o casal suspeito de liderar a organização criminosa.

De acordo com o delegado José Marcos, titular da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR), o casal foi localizado em um apartamento de alto padrão no bairro Kalilândia, onde funcionava o esquema. A dupla não teve nomes divulgados.

Os demais mandados foram cumpridos em um condomínio no bairro SIM e outro no bairro "Rocinha", ambos endereços ligados aos suspeitos. Dois veículos foram apreendidos.

Entenda golpe
O imóvel onde funcionava o esquema foi alugado por R$ 6 mil por mês e servia como uma espécie de "call center" dos golpes. No local, foram encontradas diversas joias e dezenas de caixas vazias com etiquetas de envio, que provavelmente seriam utilizadas para enganar novas vítimas.

A quadrilha atuava por meio de redes sociais, onde anunciava produtos como relógios, joias, roupas e perfumes de marcas famosas. O foco principal eram vendas no atacado para lojistas e microempreendedores de diversas regiões do Brasil.

Após o pagamento, as vítimas eram bloqueadas e nunca recebiam os produtos. Segundo a polícia, o grupo fez centenas de vítimas desde 2021, em estados como Rio de Janeiro, Alagoas, Rio Grande do Norte, Sergipe, Pernambuco e em vários municípios da Bahia.

"Eles funcionavam no escritório na Kalilândia. No apartamento, muito material foi apreendido, como relógio, muitas caixas vazias e lacradas com etiqueta de encaminhamento, onde eles compravam e enviavam para os compradores em diversos lugares do país", explicou o delegado.

Apesar de operar a partir de Feira de Santana, o grupo não fez vítimas na cidade, o que dificultou a identificação. Outros dois mandados de busca estão sendo cumpridos em pontos diferentes da cidade nesta tarde.

A operação foi coordenada pela DRFR, vinculada ao Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic), da 1ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin) de Feira de Santana.

Por: G1/ Feira e Região

Foto: Divulgação/ PC-BA

Foto: Divulgação/ PC-BA


Foto: Divulgação/ PC-BA
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