EDUCAÇÃO: EDUCAÇÃO ANTIRRACISTA É TEMA DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DA REDE MUNICIPAL

 Os encontros começaram na segunda-feira e seguem até esta sexta

No Brasil, a lei 10.693/03 estabelece a obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileira dentro das disciplinas que já fazem parte dos currículos escolares do país. A determinação, que é de 2003, é seguida em todas as escolas da rede municipal de Feira de Santana e esta semana norteou mais uma formação continuada de professores efetivos. Os encontros começaram na segunda-feira e seguem até esta sexta, 27, na Escola Municipal Agostinho Fróes da Mota.

Dessa vez, a formação continuada tem como público alvo os profissionais da educação infantil, que passaram a semana discutindo e planejando metodologias para trabalhar afirmação da identidade negra com estudantes dos anos iniciais.

A professora Ingrid Silva leciona no distrito de Matinha, território remanescente de quilombos, com população autodeclarada preta.  “Meus alunos são todos descendentes de pessoas escravizadas, crianças que, se não tiverem acesso à história de suas ancestralidades, vão crescer com baixa autoestima e muito provavelmente marginalizados.”, disse enfatizando a satisfação em estar contribuindo para uma infância sem racismo.

Os conteúdos pautados na formação foram ministrados pela pedagoga Andreia Costa, professora e vice-diretora do Centro Municipal de Educação Infantil Irmã Rosa de Lima. “Nosso processo identitário é construído desde a infância, mas infelizmente com um imaginário elitista e eurocêntrico, o que não é ideal. Através do que é discutido nessas formações, podemos fazer com que as pessoas convivam com a diversidade de maneira positiva.”, pontuou.

Segundo a secretária municipal de educação, dessa vez houve a necessidade de envolver também a equipe da SEDUC na formação, já que se trata de um tema de extrema relevância para todos. 

“Esta etapa das formações continuadas tem a missão de discutir metodologias e práticas pedagógicas que devem ser desenvolvidas  não só na educação infantil, mas no nosso dia a dia. Saber se reconhecer dentro de suas origens, bem como respeitar a identidade do outro é imprescindível para termos uma convivência mais respeitosa.”, enfatizou Anaci Paim.

Foto: Patrícia Laís

Foto: Patrícia Laís

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Foto: Patrícia Laís

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