Mães de crianças com necessidades especiais (PNE) chamam a atenção para a falta de transporte (TFT).

Na manhã de hoje, quarta-feira (31), um grupo de mães de crianças com necessidades especiais (PNE) e cadeirantes esteve na câmara municipal de vereadores de Feira de Santana para cobrar uma solução para a falta de transporte (TFT), que transportaria essas crianças para atendimento em Salvador, que fica a 100 km de Feira de Santana.

Segundo dona Angelica Santos, mãe de uma das crianças, tanto ela quanto as outras mães que estiveram na Casa da Cidadania e outras que não puderam ir vêm passando por dificuldades para ir até a capital baiana levar seus filhos para consultas agendadas. A mãe relatou ao repórter João Paulo, do "Ronda Geral Bahia", que muitas vezes elas perdem os atendimentos devido a essa situação da falta de transporte para levarem seus filhos.

Por não aguentar mais passar por esse sofrimento, elas resolveram chamar a atenção dos vereadores para que eles se sensibilizem com o sofrimento das mães e tomem uma providência para essa situação. "Eu vim aqui com essas mães hoje porque nós, mães, estamos sendo esquecidas pelo município. Não temos assistência nenhuma por parte do município e nem pelas unidades de saúde que deveriam dar um atendimento digno aos nossos filhos", frisou dona Angélica.

A cidade de Feira de Santana fala tanto em qualidade na saúde, mas não é isso que se vê. Até um neuropediatra não temos aqui pelo município, se precisamos desse profissional, temos que ir até Salvador. E mesmo assim, tem que ser agendado em Salvador. Quando conseguimos agendar para ir até Salvador, somos prejudicados com a falta de transporte e acabamos perdendo a consulta que conseguimos com dificuldade. É vergonhoso que a segunda maior cidade baiana, Feira de Santana, esteja com tantos problemas na saúde. É uma gestão que não sabe colocar a casa em ordem, não dá dignidade à saúde de sua população, e o gestor é conhecedor da saúde. Se fosse alguém que não soubesse de saúde, mais esse prefeito aí diz que é formado em medicina, então o mínimo que ele poderia fazer era nos dar esse suporte com o carro para que pudéssemos ir até Salvador; seria o mínimo.

Outro ponto que eu chamo atenção aqui é para os motoristas de aplicativos. Tem alguns motoristas que, ao solicitarmos a corrida e informarmos que temos um filho cadeirante, cancelam a corrida. Já há outros que ainda vão até a nossa casa, mas, chegando lá, querem cobrar taxas extras além do valor da corrida. "Motoristas, vocês não têm coração? Coloquem-se em nossos lugares e vocês vão sentir o que nós, mães, sentimos e passamos. Imaginem vocês solicitando uma corrida e ela sendo cancelada várias vezes ou vocês sendo cobrados um valor a mais pelo fato do passageiro ter uma cadeira de rodas." Isto é humano? Creio que não. Então deixo esse apelo a vocês, motoristas.

Fraldas para nossos filhos, que deveriam ser distribuídas gratuitamente, não recebemos. Todas as vezes que vamos em busca dessas fraldas, ouvimos que não há mais. Como é isso? Elas só acabam quando é nossa vez? Ou nunca houve fraldas disponíveis? Gostaríamos de ter uma resposta.

Por: Ronda Geral Bahia.

Foto: Divulgação/ Ronda Geral Bahia. 


Foto: Divulgação/ Ronda Geral Bahia.

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