A Bahia possui atualmente 102 municípios integrados ao Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan), ocupando a sexta posição no ranking nacional de adesões. O estado perde para o Paraná, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba e Pará. A informação foi divulgada durante a primeira reunião de 2025 do Comitê Técnico do Grupo Governamental de Segurança Alimentar e Nutricional (GGSAN), realizada nesta segunda-feira (31), no auditório do Centro de Operações e Inteligência (COI), no Centro Administrativo da Bahia, em Salvador.
Atualmente, o Brasil tem 1.540 municípios com adesão ao Sisan, sistema público que articula diferentes setores do governo e entes federativos, promovendo o diálogo entre sociedade civil e poder público para a formulação de políticas que garantam o Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA). “O Sisan tem o objetivo de integrar ações e monitorar a realização de políticas públicas voltadas à segurança alimentar”, explicou Jainei Silva, que compõe a Coordenação-Geral de Ações Estratégicas de Combate à Fome (CGCFOME).
Em entrevista, Jainei Silva ressaltou que a meta é de aumentar em 50% o número de municípios baianos no sistema até o final deste ano, chegando a aproximadamente 150 adesões. Entre os desafios discutidos, está a necessidade de orientar gestões municipais recém-empossadas sobre o funcionamento do Sisan.
Tiago Pereira, coordenador-geral da CGCFOME, destacou a importância da integração para cuidar de quem mais precisa. “Avançar no Sisan na Bahia e assegurar o direito humano à alimentação, e consequentemente tirar a Bahia do Mapa da Fome”, afirmou.
Além da CGCFOME, o encontro reuniu representantes das 14 secretarias estaduais que compõem o Comitê Técnico do GGSAN, entre elas a Secretaria de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre). O superintendente da Economia Solidária da Setre, Wenceslau Júnior, reforçou o papel da qualificação profissional e da geração de renda no combate à fome. “Políticas emergenciais são necessárias, mas precisamos de ações estruturantes, como acesso ao trabalho e economia solidária, para garantir segurança alimentar de forma sustentável”, disse.
De acordo com Jainei Silva, é justamente por isso que se faz necessária a integração entre as diferentes secretarias - para garantir que as ações emergenciais de combate à fome caminhem junto com políticas de longo prazo, como geração de emprego e renda, fortalecendo a segurança alimentar de forma estrutural na Bahia.
Entre as prioridades do GGSAN, está o monitoramento do 3° Plano Estadual de Segurança Alimentar e o apoio técnico aos municípios para implementação de políticas locais.
Por: Camila Fiúza.