Duas histórias marcadas por afeto, respeito e cuidado ajudaram a colocar em evidência o modelo humanizado de assistência ao parto adotado na Bahia. Nesta segunda-feira, o Jornal A Tarde destacou o trabalho desenvolvido pela Maternidade Regional de Camaçari (MRC) e pelo Hospital Materno-Infantil Dr. Joaquim Sampaio (HMIJS), em Ilhéus. Duas unidades da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), sob gestão da Fundação Estatal Saúde da Família (FESF-SUS), que têm transformado a experiência do nascimento por meio de práticas acolhedoras e resolutivas.
O parto de Rebeca Alves, 26 anos, foi realizado na Maternidade Regional de Camaçari. Mãe de primeira viagem, ela escolheu dar à luz em uma banheira, com o apoio do marido, Alex Caetano. “Foi um conforto ter a companhia dele, me senti tranquila, pude relaxar”, contou. “Se tiver outro filho, farei de novo na banheira.”
A experiência de Rebeca é reflexo direto do modelo de atenção adotado na MRC, que dispõe de 107 leitos, entre obstetrícia, alto risco, neonatologia e cirurgia ginecológica, além de estrutura de UTI neonatal e Unidade de Cuidado Intermediário, incluindo o método Canguru, que fortalece o vínculo entre mãe e bebê.
Em Ilhéus, a jovem indígena Bruna Titiá, 19 anos, também vivenciou um parto respeitoso e seguro no Hospital Materno-Infantil Dr. Joaquim Sampaio. Moradora da Aldeia Caramuru Paraguaçu, na zona rural de Pau Brasil, e estudante de Ciências Sociais da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), Bruna escolheu a unidade pelo atendimento diferenciado oferecido às populações indígenas. “Confirmei tudo pessoalmente”, afirmou, após o nascimento da filha Lizzy Titiá.
Inaugurado em dezembro de 2021, o HMIJS foi habilitado pelo Ministério da Saúde como unidade de referência para o atendimento a gestantes e crianças indígenas. Até março deste ano, mais de 390 bebês indígenas nasceram no hospital, que soma cerca de 4 mil atendimentos com foco em práticas humanizadas, respeito à diversidade cultural e garantia de direitos. A unidade oferece equipe treinada, ambiente adequado às tradições e até cardápios adaptados aos hábitos alimentares de cada etnia, priorizando o cuidado integral e individualizado.
Por: SESAB.