Banco de Leite do Hospital da Mulher distribui cartilha para combater mitos e apoiar mães no aleitamento materno. O material busca desmistificar crenças culturais, como a ideia de "leite fraco", e esclarecer que a amamentação não deve causar dor

A Fundação Hospitalar de Feira de Santana (FHFS), por meio do Banco de Leite Humano (BLH) do Hospital Inácia Pinto dos Santos – o Hospital da Mulher –, está distribuindo uma cartilha especial para orientar mães e familiares sobre as dificuldades mais comuns no aleitamento materno. A ação integra a programação do Agosto Dourado, campanha dedicada à promoção e incentivo à amamentação.

O material busca desmistificar crenças culturais, como a ideia de “leite fraco”, e esclarecer que a amamentação não deve causar dor. A cartilha traz informações sobre técnicas corretas, cuidados para evitar problemas como fissuras, ingurgitamento mamário e baixa produção, além de orientações sobre a importância do colostro e da doação de leite.

Além da entrega do material, o BLH promove palestras, rodas de conversa e atividades interativas, como a “Roleta da Amamentação”. De acordo com a diretora-presidente da FHFS, Gilberte Lucas, o objetivo é ampliar o acesso à informação e garantir que as mães recebam apoio especializado sempre que necessário.

“O ato de amamentar deve ser prazeroso para a mãe e o bebê. Em caso de dor, é fundamental procurar ajuda profissional para identificar a causa e encontrar soluções adequadas. Aqui no hospital, oferecemos inclusive laserterapia para ajudar na cicatrização e no alívio da dor”, ressaltou.

O impacto da ação é confirmado por relatos de mães atendidas pelo serviço. Elaine Lima dos Santos de Jesus, 30 anos, do conjunto Feira VII, contou que acreditava não produzir leite suficiente para seu bebê, José Henrique. “Eu achava que meu filho chorava por falta de leite, mas aprendi que o segredo está na pega correta e no manejo adequado. Agora, ele mama tranquilo”, disse.

Outras mães, como Tatiana do Espírito Santo Leão, 38 anos, de Conceição do Jacuípe, enfrentaram dores intensas devido ao ingurgitamento mamário. Já Francisca Natacha dos Santos Freitas, 25 anos, do bairro Papagaio, buscou ajuda por causa de fissuras e excesso de leite, aproveitando também para se tornar doadora.

A jovem Náilones Suzarte Alves, 17 anos, de Queimadas, retira leite diariamente para alimentar seu bebê internado na Unidade de Cuidados Intermediários Convencionais (UCINCo) e ainda doa para outros recém-nascidos. “Sempre quis amamentar, mas não sabia como. Aqui aprendi e ainda posso ajudar outros bebês”, destacou.

O apoio não se restringe às mães. Carlos Nascimento, 33 anos, pai de Mikahael, viajou de São Sebastião do Passé para acompanhar a esposa ao BLH. “Meu filho e minha esposa são prioridade. O leite materno é essencial para a saúde dele e ajuda a protegê-lo contra doenças”, afirmou.

Segundo a coordenadora do BLH, Nadja Vieira, a cartilha também reforça que o colostro, primeira secreção produzida pela mãe, funciona como “a primeira vacina” do bebê. “Nosso atendimento é porta aberta. Basta ligar para o número (75) 3602-7106 que vamos até a residência, orientamos e entregamos um kit para doação”, explicou.

O Banco de Leite do Hospital da Mulher iniciou a programação do Agosto Dourado em 1º de agosto. Nos primeiros sete meses de 2025, já realizou 836 coletas domiciliares, 2.550 ordenhas e contou com a colaboração de 655 doadoras, resultando em mais de 550 litros de leite humano coletados, que beneficiaram 779 crianças. Também foram feitos 1.773 atendimentos especializados no período.

O BLH do Hospital da Mulher funciona na Rua da Barra, 705, bairro Jardim Cruzeiro, de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h. Telefone: (75) 3602-7156.

Por: Ascom Prefeitura/ FHFS.

Foto: Divulgação/ Fátima Brandão

Foto: Divulgação/ Fátima Brandão


Foto: Divulgação/ Fátima Brandão
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