O senador precificou a pré-candidatura neste domingo (7/12) e desconversou se anistia para o pai é a contrapartida para abandoná-la
Dois dias após se lançar à Presidência da República em 2026, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) admitiu a hipótese de abandonar a pré-candidatura. Em entrevista neste domingo (7/12), após participar de um culto na Igreja Comunidade das Nações, em Brasília (DF), o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), inelegível até 2060, precificou a pré-candidatura.
Entretanto, Flávio desconversou sobre qual é o preço. “Olha, tem uma possibilidade de eu não ir até o fim (com a pré-candidatura). Eu tenho um preço para isso. Eu vou negociar, eu vou negociar. Eu tenho um preço para não ir até o fim. Só que eu vou falar para vocês (qual é o preço) amanhã (8/12)”, afirmou, em coletiva à imprensa.
Questionado se o preço para abandonar a pré-candidatura à Presidência seria a anistia a Bolsonaro, condenado a 27 anos e três meses de prisão por liderar a tentativa de golpe de Estado, Flávio voltou a ser reticente. “Está quente, está quente”, brincou. “Está começando a ficar quente”, acrescentou o senador, que, ao menos até a última sexta (5/12), era pré-candidato à reeleição.
Flávio ainda disse querer que o preço seja especulado. “Imaginem qual é o preço: quanto custa eu abrir mão da minha candidatura? Falo amanhã de novo. Amanhã, de novo, a gente conversa, não tem problema nenhum. Eu só quero que vocês pensem. O que está em jogo no Brasil? Quanto vale eu retirar a minha candidatura?”, enfatizou.
Mesmo evasivo se o preço seria a anistia, o senador voltou a cobrar que ela seja pautada pelo Congresso Nacional na próxima semana. “Espero que os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado cumpram o que prometeram para nós quando eram candidatos ainda e deixem o pau cantar no voto dentro do plenário, que é o que a gente sempre quis”, apontou.
Após precificar a pré-candidatura, Flávio fez um afago ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), até então o mais bem colocado para herdar o espólio eleitoral de Bolsonaro. “O Tarcísio é um cara fora de série”, frisou. “Para mim, o Tarcísio é o principal cara do nosso time hoje, porque eu tenho convicção que a gente vai resgatar o Brasil.”
O senador sinalizou que os votos de Tarcísio como candidato à reeleição ao governo de São Paulo serão importantes para a direita voltar à Presidência da República. “A gente vai ganhar a eleição, começando por São Paulo, com uma diferença maior de votos em relação à esquerda do que nós tivemos em 2022. Não tem fragmentação da direita”, disse.
Por: O Tempo/ Gabriel Ferreira Borges.
