Missão na China: coordenador do Bahia Sem Fome destaca importância da agricultura no Combate à Pobreza. _De volta ao Brasil, gestor conta o que aprendeu no país asiático, que tirou mais de sete milhões de pessoas da fome_

Durante os dias 02 a 26 de setembro, em missão internacional na China, em Pequim, Wuhan, Hunan, Xiantao, Changsha, Xiangxi e Zhangjiajie, o Governo da Bahia teve três representantes, numa turma de 29 pessoas dos Estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia, para participar do Seminário sobre Gestão do Desenvolvimento Sustentável Agrícola e Capacidade de Redução da Pobreza do Brasil.

Foto: Divulgação/ 


Foi uma jornada intensa que percorreu aulas teóricas e práticas, laboratórios, centro de pesquisa, aldeias, comunidades e propriedades agrícolas para conhecer de perto as estratégias chinesas de erradicação da pobreza com precisão.

Desde o início da missão, em Pequim, Tiago Pereira destaca a importância da cooperação internacional e a riqueza do intercâmbio de experiências. “esse momento nos permitiu intercambiar conhecimentos e processos, pensando na prosperidade mundial e avançando na segurança alimentar e nutricional através do combate à pobreza e a fome.”

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Um dos grandes impactos observados foi a priorização da agricultura como política de Estado. A China, que já viveu situações de fome extrema, estruturou seu desenvolvimento apostando na produção de alimentos, na integração de cooperativas e empresas, e no fortalecimento das comunidades rurais. “Eles temem retornar à fome. Por isso, as políticas desenvolvidas com apoio do Governo e das empresas estão direcionadas prioritariamente para a agricultura, respeitando as vocações de cada região”, relatou Tiago.

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Agricultura urbana, vilarejos e infraestrutura
As visitas de campo também revelaram a força da agricultura urbana e periurbana. Em regiões percorridas pelo famoso trem-bala (de alta velocidade), Tiago observou a utilização de cada espaço: habitação, preservação ambiental e produção de alimentos. “Precisamos combater a pobreza, a miséria e a fome com produção de alimentos. O Estado tem um papel fundamental, o mercado através das empresas  também, e, consequentemente, a sociedade. Estamos construindo processos na Bahia para que, no futuro, tenhamos uma Bahia soberana, com mais dignidade para a nossa gente”, almeja o coordenador-geral do Bahia Sem Fome.

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Outro destaque é a integração dos vilarejos às áreas produtivas, com estradas asfaltadas, sistemas de água e eletrificação, garantindo as condições necessárias para o escoamento e comercialização. “O lema da China é que a infraestrutura tem que chegar primeiro para, depois, vir o desenvolvimento. Essa estratégia está presente nas cooperativas, nas propriedades e nas vastas áreas de produção de arroz e frutas.”

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A missão também contemplou a visita ao Parque Tecnológico de ZOOMLION, referência em produção de máquinas agrícola e industrial. “Lá existe um processo mecanizado de ponta, com durabilidade, eficiência e controle de qualidade. Toda a produção é monitorada digitalmente, e o mais interessante é que toda a cidade industrial é abastecida por energia solar, em uma integração sustentável da matriz energética”, conclui o coordenador do Bahia Sem Fome.

Por: Camila Fiúza.

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