Ministério da Saúde lança plataforma que integra dados de saúde, clima e território para fortalecer resposta do SUS às mudanças

Ferramenta reúne 133 dados georreferenciados, incluindo informações epidemiológicas, de redes de atenção e recortes da Amazônia Legal

Ministério da Saúde lançou, nesta sexta-feira (14), durante a COP30, em Belém (PA), plataforma pública que reúne informações georreferenciadas sobre saúde, clima, território, vulnerabilidades e redes de serviços. A Infraestrutura de Dados Espaciais do Ministério da Saúde (IDE-MS) amplia a capacidade do Sistema Único de Saúde (SUS) de analisar o território, monitorar riscos e integrar dados essenciais para o enfrentamento dos impactos das mudanças climáticas.

Para a secretária de Informação e Saúde Digital do Ministério da Saúde, Ana Estela Haddad, esta iniciativa é de grande relevância, especialmente no contexto do Plano de Ação de Belém, na interface mudanças climáticas e saúde. “A IDE-MS permitirá a geração de referências, análises territoriais e acesso a dados em tempo quase real, reunindo informações demográficas de saúde e climáticas. Isso certamente beneficiará tanto as políticas públicas, no que diz respeito ao monitoramento e à previsão, quanto os pesquisadores, oferecendo uma ferramenta valiosa para compreender e antecipar riscos”, afirmou.

A secretária também ressaltou que a IDE-MS fortalece a política nacional de saúde digital, ao ampliar a capacidade do SUS de analisar dados territorializados em tempo real - condição essencial para responder às emergências sanitárias e aos efeitos das mudanças climáticas com mais eficiência e resiliência.


Tecnologia que conecta saúde, clima e território

A plataforma é de acesso livre, alinhada aos padrões da Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (INDE) e reúne 133 camadas de dados georreferenciados, sendo:

•96 camadas de saúde, incluindo análise epidemiológica, redes de atenção e indicadores estratégicos;

•15 camadas climáticas, provenientes de Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e outras fontes oficiais;

•dados demográficos, socioambientais e territoriais integrados automaticamente;

•recortes como Amazônia Legal, biomas, regiões de saúde e áreas de risco.

As emergências climáticas severas, especialmente na região Norte, com secas extremas e isolamento de comunidades, evidenciaram a necessidade de integrar dados de saúde, clima e território em um único ambiente analítico. A IDE-MS foi desenhada para possibilitar esse cruzamento automático de informações, qualificando o planejamento e fortalecendo a capacidade do SUS de antecipar riscos e responder de forma mais eficiente aos eventos climáticos.

“Após quase uma década, o Ministério da Saúde volta a fornecer dados para a Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais do Governo Federal (INDE), retomando seu papel na oferta de informações geoespaciais padronizadas para uso público e governamental”, reforçou o diretor do Departamento de Monitoramento, Avaliação e Disseminação de Informações Estratégicas em Saúde (DEMAS) do Ministério da Saúde, Paulo Sellera, durante o lançamento da plataforma.


Integração de dados para qualificar decisões em saúde

A IDE-MS reúne, em um só ambiente, dados de saúde, clima e território, apoiando o monitoramento de riscos, a identificação de populações vulneráveis e o planejamento das ações de vigilância. Com essa visão integrada, o Brasil avança em pesquisa e gestão relacionadas a clima e saúde e o SUS ganha mais precisão para agir e proteger vidas. Inserida no Plano Mais Saúde Amazônia Brasil, a ferramenta fortalece a gestão baseada em evidências e amplia a transparência das informações públicas.


Por: Ascom Gov.br


Foto: Grax Medina/MS
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